Segundo o filósofo Charles Wright Mills, a imaginação sociológica precisa ser buscada, porque assim respostas são procuradas para além daquilo que esta dado e logo, a percepção individual torna-se sociológica. Atualmente, a sociedade se frustra em não ver resultados tão satisfatórios no combate a criminalidade, mesmo sendo o Brasil um dos Países que mais aprisiona no mundo. Tal relação demonstra a conectividade social através de problemas sociais que partiram do singular e se tornaram plural, assim, essa conjuntura, deve ser analisada juntamente com a filosofia desse pensador.
Em primeiro lugar, a questão feminina exemplifica o que Mills revela ser a habilidade de conectar história e biografia e suas relações. Sob esse viés, manifestações acerca da condição da mulher perante a sociedade demonstra como casos individuais quando interligados representam um todo e escancaram problemáticas estruturais. Dado a tal luta, essa imaginação filosófica ajuda a escapar de bolhas limitantes através da reflexão além de nossos limites individuais, assim mulheres percebem seus fardos condicionados a seu gênero além de sua relação pessoal com seu núcleo e surgem conceitos amplamente divulgados em suas lutas feministas, como o patriarcado.
Além disso, outra mazela social que é levada constantemente na contemporaneidade ao imaginário sociológico é o desemprego. A partir disso, desenvolver a razão e perceber o mundo como extensão de si mesmo é entender a percepção particular da perda de emprego como um fenômeno inerente a pluralidade. Sendo assim, através desse torno social buscar tais questões essencialmente colocadas mas negligenciadas é procurar soluções para além do individual. Logo, filtrar, avaliar e refletir são cruciais para exercer esse conceito sociológico de extrema importância que nos impede de alienações e move mudanças, como na condição da mulher e no desemprego estrutural.
Giulia Lotti Pupin, 1-semestre, noturno.
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