O sociólogo francês Émile Durkheim, considerado o pai da sociologia, possui, por meio de sua teoria funcionalista, o objetivo de explicar a sociedade, com suas ações coletivas e individuais. Para ele, a sociedade molda o indivíduo e exerce sobre ele uma coerção social no modo de agir e se comportar, visando a continuidade do funcionamento da sociedade como um organismo vivo e complexo, no qual todas as partes, ou seja, todos os indivíduos, devem cumprir seus papéis e funções para o pleno funcionamento do todo.
Caso haja interrupção dessas ´´regras``, que regem os indivíduos, um estado de anomia será criado na sociedade e ela perderá sua plenitude de funcionamento. Nas sociedades atuais, há uma mudança nos modos de produção (estabelecendo uma nova divisão social e uma intensa urbanização), o que complexifica seu funcionamento, transformando sua moral e suas tradições. Desse modo, a sociedade enfraquece suas estruturas que orientam as ações dos indivíduos e, tal ausência de ´´regras`` e controle social cria um estado anômico, no qual os indivíduos passam a ser individualistas e seguir seus próprios interesses, deixando, em segundo plano, os interesses coletivos.
Tal anomia se encontra presente na contemporaneidade com o excesso de informações e complexidade da vida moderna. Nesse contexto capitalista, acelerado e urbanizado, os interesses individuais superam, e muito, os coletivos, assim, ações como corrupção, crimes políticos e destruição do meio ambiente tornam-se, cada vez mais, constantes e absurdos.
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