Hegel, uma grande influência para a formação da teoria do materialismo histórico de Marx e Engels, possui uma concepção da história que vê a humanidade como um reflexo direto do que das “leis históricas”, determinando o começo e fim de cada era. Entretanto, Marx e Engels classificam essa visão como sendo puramente filosófica, ou seja, não a aplicam na realidade.
Porém, é possível usar essa teoria de que a realidade reflete os conflitos existentes na sociedade na prática, por meio do exemplo da uberização. Tal conceito se baseia no fato de que as empresas buscam terceirizar seus funcionários, tentando se eximir da responsabilidade das leis trabalhistas e gastos “desnecessários”, os quais garantem a dignidade do trabalhador. Desse modo, o que é visto hoje nas relações trabalhistas é consequência direta da sociedade capitalista que valoriza o lucro acima de tudo e, portanto, almeja explorar ao máximo seus funcionários.
Sendo assim, entende-se que o surgimento de aplicativos como o iFood e o Uber demonstram que a orientação capitalista altera a realidade de forma prática. Logo, é claro que o materialismo está intrinsecamente ligado às relações passadas, mostrando que ele tende a se adaptar às novas condições que surgirem, influenciando ativamente a realidade.
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