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quinta-feira, 9 de junho de 2022

A crítica marxista ao Idealismo utópico

 

É interessante, e mais ainda, importante, notar as diferenças de cada grupo de pensadores sociológicos. Nesse texto, busco exemplificar as diferenças da filosofia materialista (influenciada por Ludwig Feurbach e seus seguidores) e a filosofia idealista (influenciada por Friedrich Hegel e seus seguidores). Imperioso admitir que debates como esse são de grande importância ainda hoje, numa sociedade onde a realidade social está em constante movimento, como apontam Marx e Engels.

Para Hegel, o direito surge como meio necessário a se suprir as demandas de uma sociedade em constante evolução, evolução essa que surge dos eventos passados, tanto os negativos, quanto os positivos. Sendo assim, ele enxerga o direito como prognóstico de felicidade, como lei universal que se retroalimenta e indica a vontade da humanidade com base no pensamento racional. Para Hegel, a lei é para todos, daí surge a discordância de Marx e Engels, já que, para os outros dois pensadores, essa visão da lei é utópica e falseia a realidade, devido à dominação de uma classe social sob a outra. 

De acordo com Marx “Hegel caiu na ilusão de conceber o real como resultado do pensamento que sintetiza em si, se aprofunda em si, e se move por si mesmo”. Esse é um erro comum mesmo atualmente, é normal nos depararmos com leis idealistas, que surgem de um pensamento muitas vezes de boa-fé, mas que nunca chegam a ser de fato concretizadas materialmente, a constituição, por exemplo, tenta assegurar acesso á saúde, educação, trabalho, moradia, contudo, com uma simples pesquisa de campo, nos deparamos com a total dissimetria. Esse é o erro do idealismo em que Marx aponta e critica, o idealismo busca entender a realidade com base na mente, negligenciando os fatos sociais como de fato acontecem. O materialismo, por outro lado, busca justamente o contrário, como exemplifica Marx “Ao contrário da filosofia alemã, que desce do céu para terra, aqui é da terra que sobe ao céu”. A terra, para Marx, diz respeito a realidade, as coisas como de fato são, e o céu significa o pensamento, as ideias. Para acontecer realmente uma mudança na realidade, é necessário se apegar primeiramente diretamente nela mesma, e não nas coisas como queríamos e imaginamos que fossem. 

Vinicius Alves do Nascimento- Direito 1 semestre matutino




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