Auguste Comte, por meio da filosofia positivista defendia que os dois fundamentos da sociedade moderna seriam a ordem e o progresso. Desse modo, segundo o filósofo, era desnecessário conhecer o processo de formação dos fatos, sendo relevante apenas as vinculações entre os fenômenos. Nesse viés, é evidente um dos equívocos de tal corrente filosófica, uma vez que é de extrema importância o conhecimento das origens dos fatos, seja para aperfeiçoamento ou para a correção de tais acontecimentos.
Ademais, sob a ótica positivista, a ordem e o progresso ocorrem de forma linear. Entretanto, em pleno século XXI, tal ideia mostra-se ultrapassada, de modo que, sem conflitos e lutas sociais, não há como obter o progresso. Nesse sentido, a harmonia social- moral universal para que cada um cumpra o seu papel- é tomada como base pelos capitalistas conservadores, os quais de maneira direta ou indireta, objetivam o progresso apenas para a elite, de modo que a classe baixa continue nas situações de submissão a exploração da mão-de-obra para sustentar aqueles que obtém o lucro.
Diante o exposto, é evidente a insustentabilidade de algumas características positivistas, seja pela sinuosidade das relações sociais, ou pela subversão da ordem vigente para a consolidação das reformas da sociedade- que contraria os papéis definidos dos “lugares sociais” defendido por Comte.
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