O filme O ponto de mutação inicialmente faz uma
crítica clara ao modelo de vida que vem
sendo disseminado no mundo nos dias de hoje. Nesse modelo, o consumo, narcisismo
e a percepção surgem como forma de satisfação momentânea, demonstrada pelo
dualismo dos personagens principais, que apesar de serem norte americanos,
possuem modo de vida distintos.
A discussão entre os
personagens, nos leva ao entendimento de parte da teoria contida na obra de Descartes,
chamada O Discurso do método, onde no filme, a natureza é comparada com partes
de uma máquina que pode ser desmontada e entendida, ou como revela o longa, uma
visão mecanicista. Essa visão rompeu com os tradicionais dogmas e formas de
pensar até então vigentes, causando modificações no modo de fazer ciência que
se mantem até os dias de hoje.
O debate também faz
crítica ao modo de percepção atual da esfera política, que visa solucionar as
causas dos problemas e não suas consequências. Esses problemas também estão
relacionados a supremacia do poder econômico sobre o político, que por sua vez
está relacionado as massas e ao senso comum.
Em suma, o filme nos
faz refletir sobre a adoção de novos princípios como forma de mudar o mundo e
nos expõe o quão complexo é a transição dessa nova forma de interpretação,
tanto na política quanto na física.
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