Auguste Comte, em meio
a decadência do feudalismo e ascensão do mundo industrializado, procurou
estabelecer uma nova forma de pensamento capaz de promover o consenso social o
qual permitiria o fim da crise e o restabelecimento da ordem e esta, por sua
vez, abriria caminho para o progresso da sociedade; ou seja, a superação da crise e a reorganização
da sociedade só seriam alcançadas com uma reforma intelectual, daí o desenvolvimento
do positivismo por Comte. Para ele, todo o conhecimento passa por três estágios:
o Teológico, o Metafísico e o Positivo, sendo este último o auge do
conhecimento, pautado na observação, no empirismo e na verdade.
Comte na obra “Curso de
filosofia positiva” demonstra-se contra a explicação de fenômenos externos -
como a origem do homem - e a favor da busca pela explicação dos fatos presentes
na vida do homem, a favor de “preocupar-se unicamente em descobrir leis
efetivas do universo”. No entanto, essa ideia por si só se apresenta
incompleta já que o homem não se resume unicamente a leis. O comportamento humano
é muito mais complexo e mutável; a sociologia não pode ser comparada a uma ciência
exata já que o homem não é previsível e acaba, muitas vezes, chocando-se com as
leis – inclusive as mais simples e comuns.
Além disso, Auguste Comte
relata a necessidade de substituir a educação europeia. Para ele a educação tem
que deixar de ter um caráter teológico, metafísico e literário, para se tornar positiva
(busca por um estudo objetivo, empírico e sem intervenção religiosa). Esse estudo
positivista de Comte está extremamente e claramente presente na educação atual
o que evidencia que, apesar das críticas e do desajuste de alguns ideais de
Comte para a atualidade, o positivismo permanece bastante vivo na sociedade.
Gabriela Mosna - 1° Ano Direito Noturno
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