Augusto Comte, na segunda metade do século XIX, influenciado por pensadores
com Francis Bacon e Descartes e também pelo momento histórico (2ª Revolução
Industrial) e as grandes transformações pelas quais a sociedade estava
passando, elaborou uma nova filosofia, a filosofia positiva. Comte utilizou o
mesmo princípio de seus precursores, o de que a ciência deve descrever os fatos,
aquilo que é sujeito a comprovação empírica, e acrescentou que além disso esses
fatos constantes nos levariam a descoberta das leis que os regem e seríamos,
portanto, capazes de prever os próprios fatos.
Para se chegar a esse estado, ou seja, o estado positivo foi identificado
por Comte, de acordo com sua análise filosófica da história outros dois. O
primeiro estágio seria o teológico, onde a explicação de tudo se atribui a
entidades sobrenaturais. O segundo estágio seria o metafísico no qual o
pensamento abstrato é substituído pelos desejos pessoais. O último seria o estado
positivo onde já se teria todo o conhecimento das leis dos fenômenos aplicados
ao bem da humanidade. Esse conhecimento levaria ao surgimento de uma nova
ciência, a “Física Social” a responsável por estudar e reestruturar a sociedade
para que essa progrida, desenvolva. Para fazê-lo ainda, ela deveria cobrir
todas as outras ciências.
A ideia de Ordem e Progresso do positivismo vem da ideia de que, como
existem as leis imutáveis, deve-se existir também uma organização ESTÁTICA da
sociedade (sociologia estática) para poder dar sustentação necessária a algum desenvolvimento,
algum PROGRESSO (sociologia dinâmica).
Nota-se nessa corrente ideológica elaborada por Comte que há uma “idealização”,
uma “romantização”, pois ele a considera como sendo o a única forma de
pensamento possível, válida e também única moral, pelo fato de a moral
religiosa privilegiar o indivíduo enquanto que o positivismo valoriza o bem
comum.
Helionora Mª C. Jacinto
Nenhum comentário:
Postar um comentário