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quarta-feira, 16 de abril de 2014

A estratificação social como manutenção da ordem e do poder.

    August Comte criou a corrente política, filosófica e científica conhecida como Positivismo. Segundo ele o Estado Positivo seria o estágio final de amadurecimento do conhecimento enquanto explicação do mundo; ele era antecedido por estágios mais "primitivos" sendo, respectivamente, os estados teológico e metafísico. A sua proposta de uma física social, o Positivismo, tinha como princípio básico a manutenção da ordem e a reorganização dos centros urbanos que vivenciavam um período de regimes despóticos e revoluções como, por exemplo, na Inglaterra o movimento do Ludismo com a quebra das maquinas nas industrias devido a um contingente elevado de desempregados. Essas turbulências geraram não apenas um descontentamento político mas uma crise dos valores tradicionais. A teoria de Comte nasce como tentativa de reparação.  
   Comte propôs como método não mais a obtenção de noções absolutas mas o raciocínio por meio da observação estabelecendo relações invariáveis de similaridade que baseia-se em "leis lógicas" para a exposição dos fenômenos, ou seja, buscou formular leis que orientassem os homens na transformação da natureza. Os estudos dos ordenamentos do Estado deixa de ser idealizado e se concretiza como análise do imediado, essa sistematização é o Estado Positivista.
   Para o Pai do Positivismo, as ciências deveriam mediar a profilaxia social. A sociedade Comtiana é estamental, visto que, a colocação de cada indivíduo em determinada classe e, cumprindo sua respectiva função, mantém a ordem no âmbito social. A proeminência de um governo forte e uma educação adaptada as novas necessidades da civilização moderna são os precursores do progresso. Comte é considerado um conservador dos princípios, bem como o progresso dentro dos padrões pré-estabelecidos é deliberadamente exaltado por ele. Pode-se dizer, portanto, que a sua teoria foi historicamente utilizada para justificar a dominação de um povo sobre outro. Tendo em vista o progresso e a ciência avançada como justificativas da superioridade de determinado povo ou nação, permite-se, assim, sua colocação como dominador dos demais e evidencia seu poder.

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