A partir do uso do senso crítico,
e da descrença na Filosofia e nos ensinos tradicionais, René Descartes realiza
sua maior obra, o “Discurso do Método”, onde discorre a propósito deste, sua
maior contribuição para as Ciências Humanas.
Tal descrédito surge para Descartes
devido ao fato de a Filosofia não ter sido capaz de, ao longo dos anos,
eliminar os outros tipos de conhecimento, pelo fato de seus alicerces não serem
suficientemente fortes para tal finalidade. Para ele, tal incapacidade
demonstra que a Filosofia não pode ser tida como absoluta, pois, a partir do
momento em que suas bases não são inabaláveis, ela torna-se discutível, passível
de questionamentos. Quanto aos ensinos tradicionais, tais como a Escolástica,
Descartes abdica dele, pois, em sua visão, não possuíam aplicação na vida real,
portanto inexiste um sentido em utilizá-los.
Os questionamentos constituem a
base do método, pois este tem a intenção de discutir o modo como inicia-se a
construção da ciência moderna. Além disso, eles devem ser aplicados a todas as ciências,
buscando o conhecimento unificado, inequívoco.
Para atingir tal conhecimento, é
necessário que se diferenciem sonhos e realidade. Descartes diz que tal
separação é essencial, pois os mesmos pensamentos podem ocorrer durante ambos,
mas não basta que eles existam na mente para que eles sejam verdadeiros. Eles
devem estar fundamentados em fatos da realidade exterior à mente.
Assim, o Método consiste no
questionamento que leva à fragmentação do pensamento, evoluindo do mais simples
ao mais complexo, e por fim, na revisão de todas as informações coletadas,
visando a coerência, pertinência e relevância do objeto estudado.
Maria Luiza Rocha Silva - 1º ano Direito Diurno - Turma XXXI
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