"Toda catedral é populista
É pop, é macumba para turista"
(O Papa É Pop - Engenheiros do Hawaii)
Marx afirmou que a religião é um mero reflexo da condição miserável
da autoconsciência do homem ao dizer que “a religião é o ópio do povo”. Para ele,
a necessidade da produção da religião pelo Estado e pela sociedade é derivada do
mundo invertido que, por sua vez, requer uma compensação da insuficiência da
realidade. O filósofo inconformava-se com o fato de os alemães serem tão
condescendentes em um momento crítico da história, permitindo uma total
alienação e ilusão para com si mesmos, enquanto outros países europeus
reivindicavam por seus direitos na lutas revolucionárias.
A crítica de Marx é extremamente válida no contexto da
contemporaneidade, no qual percebemos uma gigantesca influência da religião no
cotidiano da população, seja no âmbito pessoal ou político, apesar de vivermos
em um país supostamente laico. Afinal, como disseram os Engenheiros do Hawaii, “o
Papa é pop”. A religião (cristã, islâmica, judaica etc.) determina todo e
qualquer aspecto concernente à vida de seus fieis – modo de vestir, comer, rezar
e (o mais preocupante de todos) pensar.
Ana Clara Tristão - 1º ano Direito diurno
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