Olho por olho, dente por dente. Há muitos séculos em um antigo Direito a força da justiça se espelhava nas ações da sociedade, onde a toda ação havia uma reação de igual peso. O antigo Código de Hamurabi assim determinava. De lá até o tempos atuais houveram inúmeras mudanças sociais, conquistas e o que são considerados como grandes avanços, talvez o estabelecimento de um Direito Restitutivo tenha feito com que o mundo não ficasse cego, mas também talvez tenha fechado os olhos para a impunidade.
Vivendo em um país em que o senso comum dita que a impunidade reina perante o sistema judiciário, é preciso muito esforço e bom senso para não se entregar à consciência coletiva. Em contrapartida, é necessário sair da impassividade dos atores da justiça, é preciso ter a sensitividade de perceber que é a vida de um ser humano que foi prejudicada, e é ao diminiur o peso das ações ocorridas, para uma análise neutra, que nasce a fresta da impunidade. Meia justiça não é o suficiente.
Encontra-se um ebate entre o extremismo e a impunidade. Não há resposta fácil para esses questionamentos. Dessa maneira, estando dentro do curso de Direito é dever dos estudantes propor mudanças, fazemos parte da ferramenta que tem o poder de transformar a realidade. Devemos antes de nos tornar agentes do Direito, determinar a maneira pela qual atingiremos a Justiça a que acreditamos. Há um meio termo nesse embate, e é esse o momento de determinarmos quais são seus limites, para assim, fixarmos os nossos valores.
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