Émile Durkheim, em seu texto “A divisão social do trabalho”,
mais precisamente no capítulo 2, “Solidariedade mecânica ou por similitudes”,
inaugura o conceito de consciências honestas. Esse conceito se refere a pessoas
que agem de acordo com aquilo que a procedência divina estabelece como norma,
predominantemente nas sociedades pré modernas.
Entretanto, o conceito de consciência honestas, embora pensado por
Durkheim para sociedades pré modernas, também pode ser aplicado para sociedades
modernas.
Em
várias situações atuais podem ser encontradas as chamadas “consciências
honestas”, como é o caso Geisy Arruda, uma jovem estudante da Uniban, que foi hostilizada e
assediada pelos colegas por usar um minivestido. O fato está diretamente
relacionado pelo pensamento coletivo de insatisfação e inconformidade pelos
estudantes da universidade em relação ao comportamento, atitudes e vestimentas
da estudante, pelo fato de estar ferindo os preceitos divinos, a ética e a
moral, na concepção dos demais estudantes.
Na transição de sociedades pré modernas para sociedades
modernas, há maior interdependência e as relações humanas, como as relações de propriedade e
cíveis, passam a demandar um Direito
mais elaborado. O Direito nas sociedades
modernas tem como função a restituição do indivíduo à sociedade, portanto,
trata-se de um Direito especializado, deixando de fazer parte do senso comum.
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