Não se deve permitir o fluxo contínuo do intelecto. Segundo esse princípio, o filósofo inglês Francis Bacon critica a dialética grega, pautando sua denúncia na premissa de que o uso da mente deve ser contido e regulado. Essa rigidez impede a mente de ser ocupada por falsas convicções, pois os homens tendem a valorizá-las quando funcionam e negligenciam seus erros. Dessa forma, é comprometida a constituição de proposições verdadeiras, as quais devem ponderar os aspectos positivos e os negativos.
Comumente, prendemo-nos às nossas noções e não percebemos suas evidentes limitações, que são as falsas percepções do mundo, as quais Bacon chama de ídolos. Essas impedem chegar à verdade, pois as pessoas costumam pensar, erroneamente, que seus sentidos são "a medida das coisas". Conclui, então, o autor de "Novum Organum", que o método não deve ser refutar os princípios, mas encaminhar os indivíduos aos próprios fatos particulares, para que eles mesmos percebam os equívocos e renunciem às suas noções.
A partir desse ponto, pode-se conseguir o avanço da ciência, firmado na regulação da mente e na experimentação.
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