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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Individualismo não previsto

Comte retoma, nas "Condições do estabelecimento do regime positivo", o que já havia iniciado no "Curso de filosofia positiva": a aplicação da educação positiva. Para as classes superiores, isso significaria o abandono de sua educação essencialmente metafísica.Já os proletários teriam predisposição à ela, uma vez que não haviam sido educados na metafísica.Nesse aspecto, Comte estaria valendo-se de técnica aplicável aos dias atuais, uma vez que é icomensuravelmente mais simples manipular massas nao instruídas, incutindo-lhes ideias como verdades absolutas.

Isso não significa, contudo, que pretendia elitizar o proletariado munindo-o de intelecto desenvolvido.Representaria, para eles, o seu lazer.Assim, Comte pretende criar uma sociedade conformista, impedindo os proletarios, através do Positivismo, de almejar ascensão social e/ou política, tendo isso como objetivo a manutenção da ordem.Nesse caso, o progresso adviria de forma natural, uma vez que, sem perspectiva de revoluções, a sociedade dispõe de foco e mão de obra adestrada para cumprir seu objetivo.

Complementa a "adestração" defendendo políticas sociais que atendam às reais necessidades da classe proletária , uma espécie de Populismo.Nota-se que essas ideias encontrariam obstáculos à sua aceitação completa, uma vez que na sociedade atual, o benefício próprio e as ambições pessoais estão muitas vezes arraigadas ao âmago humano.Metafísico. O progresso coletivo em detrimento do individual é consideravelmente inviável.Ambos, na conjuntura atual, atuariam em hamonia e, pode-se dizer, resultariam um do outro.

Talvez seja extremo afirmar, como Comte o faz, que a felicidade advem do bem público. O fato é que, cada vez mais, o individualismo, motivado pela competição existente na atual conjuntura socioeconômica por melhores cargos e sálarios, ganha espaço na mente humana, o que deixa as ideias do autor consideravelmente ultrapassadas.

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