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segunda-feira, 9 de maio de 2022

 AMIGOS DA DITADURA, AMIGOS DA ORDEM 

Em prol da defesa positivista da manutenção da ordem afim de proporcionar o progresso defendido por Comte, medidas drásticas são pedidas por aqueles que se consideram cidadãos de bem, medidas cruéis e condenáveis, que acabam entrando em contraste com a plenitude defendida pelos cidadãos “não tão mais de bem”. Os 21 anos de ditadura militar, de torturas, de repressão da opinião pública e política, de censura, de “desaparecimentos”, de deportações e de muitas outras crueldades envolvendo o governo militar foram fielmente defendidos por apoiadores dos bons costumes, contrários a “força comunista” e que no final da história pedem ainda a volta dos cruéis ditadores. 

Os positivistas, defensores da ordem e progresso, que acabam por defender mais a ordem do que o próprio progresso em si, que apoiaram a chegada do Estado Novo, pelo medo do poder comunista influenciados pelo plano Cohen, foram os mesmo que no contexto de guerra fria defenderam o golpe militar de 64 e agora nos anos 2000 defendem a volta dos mesmos no cenário da polaridade política e na possibilidade da volta da esquerda no poder. Ignorando todos os anos de democracia vividos nos pós ditadura e todas as provas das crueldades experimentadas no período. 

Esse discurso manchado de sangue se baseia em ideais nacionalistas, de conservadores que querem acabar com a “inversão de valores” e no fim, coroamos todos esses discursos com o caso do Daniel Silveira, defensor de um golpe, que após provável condenação pelo STF, tem como resposta do atual governo, presidido pelo Bolsonaro, a concessão do perdão. Incentivando ainda mais esse discurso positivista que gerou tanta dor e sofrimento ao povo brasileiro no período mais delicado da nossa história recente. 



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