A razão é um dos principais tópicos estudados e expostos tanto por Bacon quanto por Descartes, o que os opunham a qualquer crença sem fundamentação científica, ou seja, crenças populares. Em razão disso, durante a pandemia do Coronavírus foi possível observar o raciocínio dos estudos dos sociólogos, uma vez que, uma parte da população se opôs a todos os fatos científicos sobre o vírus e a doença.
A princípio, o descaso com as pesquisas sobre a pandemia estava relacionado a opinião popular que configurava a doença como algo simples sem grandes riscos à população, além disso, segundo Bacon quando a razão está desacompanhada do benefício à sociedade, ela é inútil, logo, quando o presidente em exercício Jair Bolsonaro disse publicamente que tratava-se de uma "gripezinha", toda a população foi posta em risco mediante a infeliz “razão” do líder da nação.
Contudo, com o passar do tempo, a opinião popular mudou de “sem riscos” para “risco excessivo” com a criação de vacinas contra o Covid-19,aqueles que se recusaram a acreditar nas comprovações científicas, disseminaram falsas informações como reações mortais à vacina, até mesmo a implantação de um chip comunista a partir das substâncias presentes nas doses, discursos sustentados pelas autoridades.
Desse modo, a forma como o pensamento é distribuído à sociedade pelos próprios cidadãos de forma benéfica para a mesma é uma obrigação natural do homem, segundo Bacon. Assim, o risco da ausência da razão é enorme, principalmente diante ao que vivemos desde o início da pandemia, e o benefício à sociedade transforma-se em perigo. Então, parafraseando Bacon, o benefício só se concretiza quando as reflexões racionais se materializam, como por exemplo aqueles que lutam a favor da ciência, que contribuíram com a razão com o número atual de brasileiros vacinados e a queda do número de mortes pela doença no país.
Maíra Janis de Sousa - Direito MATUTINO
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