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sexta-feira, 4 de outubro de 2019


Madame Satã e o Direito contribuindo para as conquistas dos Direitos Sociais
No dia dezoito de setembro de 2019, o CADIR convidou o coletivo Casixtranha de Araraquara para compor o evento VI semana de sexualidade e gênero. Nesse dia, houve o cine debate onde esse grupo participou da discussão acerca do filme Madame Satã, assim foi levantado muitas questões sobre o filme, no qual continha temas como a ideologia de gênero, o preconceito, racismo, homofobia e também sobre a grande mensagem do filme que era carregado pelo João Francisco dos Santos, vulgo Madame Satã que mostra a importância de libertar-se e aceitar a si mesmo. Desse modo, conforme o debate foi desenrolando, pude perceber o grande contraste de diferença do século XX para o XXI, pois no século XX ofensas homofóbicas e preconceituosas eram consideradas normais e faziam parte do cotidiano, porém hoje em dia essas declarações são crimes inafiançáveis, graças ao protagonismo do Direito em atender os clamores das vozes das minorias.
O transformista João Francisco dos Santos foi uma das figuras mais icônicas no bairro da Lapa no Rio de Janeiro, assim ficando muito famoso naquela região onde fazia suas grandes apresentações, venceu o concurso de carnaval de 1938 onde mostrou seu talento artístico, pois mesmo sendo o seu primeiro desfile conseguiu ficar em primeiro lugar, porém, Madame Satã não era apenas um grande artista, mas também um grande pai de família, pois mesmo sendo pobre, homossexual e negro conseguiu criar seus seis filhos adotivos com sua esposa Maria Faissal. A vida de joão mostra o quanto ele é extraordinário e uma pessoa muito emblemática, pois mesmo sendo assumidamente homossexual ele casou com uma mulher, assim podemos perceber no filme uma das questões de ideologia de gênero, já que mostra como o seu sexo não é algo determinante para saber se você será atraído pelo sexo oposto, além disso, no decorrer do filme vemos como João é constantemente discriminado pela sua cor, pobreza e homossexualidade, mas ele continua a lutar, sempre revidando seus inimigos e assim conquistando o respeito de muitos, logo mostra como é preciso persistir e lutar para conseguir o respeito, assim Madame Satã torna-se um símbolo de resistência e luta, já que a história humana mostra de como as incessantes lutas das minorias unidos ao Direito são importantes para as conquistas dos Direitos Sociais.
A luta pelos Direitos Sociais sempre esteve presente na história da humanidade, sendo o movimento negro nos EUA um grande exemplo, já que a partir que os negros foram para a rua e clamaram pelos seus direitos, o judiciário americano concedeu os direitos civis aos negros. A mesma coisa acontece hoje no século XXI, já que como disse a Casixtranha a cada 19 horas um LGBT é assassinado, por isso a importância dos LGBT e a sociedade  clamarem nas ruas pelos seus direitos, pois  graças a essas lutas incessantes da busca pelo respeito, hoje eles podem finalmente se casarem, ou seja, obtendo uns dos seus direitos civis. Sendo assim, vemos a importância de sempre continuar a luta e buscar a aceitar a ser o que somos ao invés de curvar-se a vontade da maioria da sociedade, por isso o coletivo Casixtranha ofereceu uma atividade prática de dança onde o objetivo era sermos livres para fazer o que quisermos, apenas se soltar, deixar as amarras e opressões da sociedade e ser apenas ser o que eu quero ser, igual a Madame Satã, em outras palavras não tenha medo de ser quem você é, e mais do que isso seja feliz por ser quem você é.
Destarte,  graças a Casixtranha eu pude entrar mais no universo LGBT assim entender suas lutas, suas angústias, seus heróis (Madame Satã) e de como é importante aceitar a si mesmo para ter uma vida mais alegre e sem preocupações, além disso, o fato do filme retratar uma época do século XX mostra como os homossexuais eram tratados naquele tempo e por isso fica claro de como os direitos dos homossexuais evoluíram com os passar dos anos e de como o Direito é responsável por essa evolução nesses Direitos Sociais.
Nome: Wilson do Monte Cerqueira Júnior - 1º Ano Direito Noturno - Unesp


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