A luta LGBT foi (é) fortemente ofuscada e oprimida durante séculos da
existência social humana. Durante muito tempo a homossexualidade foi
considerada um tipo de doença que merecia cura, e ainda hoje, são percebidos
discursos discriminatórios que se comunicam assiduamente com as mais
ultrapassadas e obsoletas ideias preconceituosas.
Porém, através da evolução não só dos Direitos Humanos,
mas também da perspectiva ética-social, construiu-se direitos que amparavam a
parcela tão excluída e hostilizada pela sociedade. Reconheceu-se, como exemplo, que o instituto familiar seria constituído não só por um homem e uma mulher, mas também por casais do mesmo sexo. Tal salto social é compreendido pela teoria de Honneth, que afirma
que através do reconhecimento social, causado pelo desrespeito das demais frações
da sociedade, é desencadeada a ascensão de direitos afirmativos aos mais
prejudicados socialmente. Ou seja, as conquistas advêm de uma luta contra o
desacatamento da parcela opressora e preconceituosa. Por meio de tais lutas, são
conquistados direitos que trazem à minoria a auto-realização e um ensejo de
igualdade.
O reconhecimento social dar-se-á plenamente
quando a parcela majoritária da sociedade entender que não há cura para aquilo
que não é doença. Não há preconceitos que mudarão positivamente a história da
humanidade. Infelizmente, mesmo com direitos permitem a melhor convivência social
e a maior amplitude da liberdade individual, a comunidade LGBT ainda tem muito
o que lutar, muito o que conquistar, muito o que provar para aqueles que se
prendem a paradigmas e impedem a plena autonomia de cada ser sobre seu corpo. A
luta ainda é sofrida, a luta ainda é custosa. A luta ainda é necessária. “Não
existe cura para o amor. Mas eu espero que haja para homofobia”.
Izadora Barboza Maia - 1º ano Direito Noturno
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