O sociólogo Max Weber
por meio do conceito de ação social se afasta de ideias deterministas de outros
sociólogos e propõe uma teoria de que o indivíduo é livre para a sua
construção, porém há o fenômeno do poder
descrito como:
“Poder significa toda
probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra
resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade” (WEBER)
Dessa maneira, o
exercício do poder, ou seja, a dominação exerce influência sobre o modo de agir
dos seres humanos. Tal situação é
observada em regiões controladas por facções e milícias no Rio de Janeiro, a
população por mais que queira ser “senhora de seu destino” acaba tendo as suas
ações controladas por aquelas forças que exercem poder. Assim, atividades cotidianas como a
compra de um botijão de gás ou a instalação de uma linha telefônica são
controladas por aquelas.
Nesse sentido, a ação tradicional passa a ser orientada diante das perspectivas
do poder dominante de determinada região, como o indivíduo que aceita se
engajar no mundo do crime, sendo estimulado por hábitos, costumes e crenças.
Assim o indivíduo acaba não sendo livre para o seu desenvolvimento particular.
No mais, quanto a dominação Weber diz: “Todas procuram
despertar e cultivar a crença em sua ‘legitimidade’. Dependendo da natureza da
legitimidade pretendida diferem o tipo de obediência e do quadro administrativo
destinado a garanti-la, bem como o caráter do exercício da dominação”. Em
locais dominados por poderes paralelos, essa legitimidade é buscada a todo
momento por essas forças que usam como justificativa a ausência do Estado
naquele local, além de fornecerem
serviços básicos que deveriam ser provenientes do governo.
MARCO ANTONIO CID
MONTEIRO DA SILVA, 1º ANO DIREITO, NOTURNO
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