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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Poder paralelo

O sociólogo Max Weber por meio do conceito de ação social se afasta de ideias deterministas de outros sociólogos e propõe uma teoria de que o indivíduo é livre para a sua construção, porém  há o fenômeno do poder descrito como:
“Poder significa toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade” (WEBER)
Dessa maneira, o exercício do poder, ou seja, a dominação exerce influência sobre o modo de agir dos seres humanos.  Tal situação é observada em regiões controladas por facções e milícias no Rio de Janeiro, a população por mais que queira ser “senhora de seu destino” acaba tendo as suas ações controladas por aquelas forças que exercem  poder. Assim, atividades cotidianas como a compra de um botijão de gás ou a instalação de uma linha telefônica são controladas por aquelas.
Nesse sentido,  a ação tradicional  passa a ser orientada diante das perspectivas do poder dominante de determinada região, como o indivíduo que aceita se engajar no mundo do crime, sendo estimulado por hábitos, costumes e crenças. Assim o indivíduo acaba não sendo livre para o seu desenvolvimento particular.
No mais,  quanto a dominação Weber diz: “Todas procuram despertar e cultivar a crença em sua ‘legitimidade’. Dependendo da natureza da legitimidade pretendida diferem o tipo de obediência e do quadro administrativo destinado a garanti-la, bem como o caráter do exercício da dominação”. Em locais dominados por poderes paralelos, essa legitimidade é buscada a todo momento por essas forças que usam como justificativa a ausência do Estado naquele local, além de fornecerem  serviços básicos que deveriam ser provenientes do governo.


MARCO ANTONIO CID MONTEIRO DA SILVA, 1º ANO DIREITO,  NOTURNO

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