Quando
crianças, todo simples objeto passa a ser fruto de questionamento, demonstrando
a busca incessante por uma razão. Esse modo de ser operante traz consigo a
ideia weberiana de racionalização, cujo retrato pode se alicerçar na cultura na
qual esses indivíduos estão expostos. Max Weber, um dos grandes expoentes da
Sociologia, também teria nascido, justamente, num momento histórico de
contestação, sobretudo em seu país de origem, a Alemanha.
Ao
compreender a sociedade como produto do conjunto das ações
individuais, as quais estabeleceriam, assim, a relação social, o agir humano,
segundo o autor, passa a refletir a expectativa que o outro tem de si, processo
o qual intensifica a universalização. Tal dinâmica abarcaria a racionalização da
vida, na qual a dita “dominação do mundo” seria o fugaz, cujo reflexo desta dinâmica
demonstrar-se-ia no presente.
Contudo,
esse procedimento gera consigo indivíduos que se prevalecem aos demais,
marginalizando aqueles que vão contra a lógica preponderante. A relevância
cultural de tais fatores, engendra o comportamento de manada, em busca da socialização
tida como necessário. Desta forma, será que a razão é mantida, ao passo que
espera-se do outro para o próprio agir. O modo de ser operante no Brasil é um
bom exemplo para pontuar-se sobre as complicações causadas por dado comportamento.
Os anos de 2014 a 2016 foram acompanhados por inúmeros protestos em relação a
governança política do país, a partir de setores da classe média e alta.
Todavia, após o golpe dado, aqueles se indignavam, saíram prejudicados, ao
posto que seus direitos são esquecidos em prol da ética do sistema capitalista
e as vantagens econômicas que traz consigo
Não
deveríamos, pois, usar da razão como instrumento de reconhecimento da realidade
e dos impactos de suas ações, assim como as crianças em seus primeiros passos,
sendo esta, antes de tudo, ferramenta de individualização e coletivização
crítica da humanidade?
Raphaela Carvalho- 1º ano Direito ( noturno)
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