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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

“I can do it!” - mesmo?

     De acordo com Max Weber, o capitalismo não é sinônimo da busca pelo lucro, ele é, na verdade, seguindo a ética protestante, o fruto do intenso trabalho realizado pelos seguidores dessa ideologia, a qual garante que a salvação divina está na execução do trabalho. Para isso, há uma racionalização em diversas áreas da vida humana, como a separação entre pessoa jurídica e os seus integrantes, visto que se um desses se utilizarem da renda da primeira para satisfazerem seus desejos pessoais não estará tendo responsabilidade com os demais integrantes e as suas respectivas famílias, que dependem do salário que deveriam receber; o aperfeiçoamento científico, com a criação de diversas tecnologias que ajudam a desempenhar melhor o trabalho, e a utilização do direito para garantir que este trabalho não seja em vão, isto é, por meio dos contratos, espera-se que o outro cumpra o seu dever, independentemente dos fatos que acontecem na sua vida particular, devido à coação legal. Todas essas formas de racionalização penetraram-se de tal forma nesses indivíduos que chegaram ao espaço doméstico. Assim, eles passaram a organizar o tempo e constatar o que pode ser feito de produtivo no seu momento de ociosidade e, como consequência, passaram a, si próprios, realizar tarefas domésticas, por exemplo, que outras pessoas contratariam indivíduos específicos para efetuá-las. Com esse objetivo, então, também houve uma melhora nos apetrechos usados dentro de casa.
     Entretanto, se realmente fossem seguir à risca a política do “fazer eu mesmo”, teriam que começar do zero. Isto é, para se alimentar, deveriam desde plantar o próprio alimento e o dos animais que viriam a ser o seu alimento a construir sozinhos a sua moradia, porém, fabricando o próprio tijolo, tinta e piso. Resumindo: tudo.

     Os dispositivos que os ajudam a realizar por si sós algumas tarefas, então, foram produzidos por outras pessoas. Com o avanço tecnológico, futuramente, muitas tarefas deixarão de ser realizas por outras pessoas para todos, o que pode ser notado com a extinção dos acendedores de postes e das telefonistas, por exemplo. Estariam, portanto, realmente dominando o mundo?

Bruna Benzi Bertolletti - 1º ano direito diurno

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