Algo comum entre as famílias brasileiras é reunir seus membros para almoçarem juntos no domingo. Entretanto, isto não é unânime, ou seja, não são todos que se reúnem regularmente com os parentes. Desta forma, há uma divergência no modo em que os indivíduos encaram suas relações familiares estabelecendo a pluralidade de vínculos entre parentes, contudo permanece constante o papel exercido pela família na formação do indivíduo.
Segundo o filósofo francês Émile Durkheim, a família é um dos pilares responsáveis pelo equilíbrio da ordem social sendo uma célula de reprodução do tecido social. Por conseguinte, o núcleo familiar é responsável pela transformação do indivíduo em sujeito social de modo que este passa a estar apto a se adequar aos fatos sociais integrando a sociedade.
Logo, a família ultrapassa a concepção de laços consanguíneos e adquire perspectivas sociológicas de forma a influenciar diretamente a comunidade. À vista disso, Durkheim suprimi a ideia da essencialidade de analisar apenas a finalidade de determinado assunto, no caso em questão: a família.
O intelectual defende a percepção da causa eficiente para a investigação do objeto de estudo, isto é, procurar pela explicação que remete o estudioso à ideia geral evitando-se a limitação de se estudar apenas determinados aspectos. Assim, o exame da família iria além do que analisar qual a sua finalidade na sociedade em que está inserida.
Em suma, o exemplo da família demonstra como esta atua sobre a formação do indivíduo e sobre o papel que este deve desempenhar em sociedade. Todavia, o filósofo Durkheim defende que o estudo desta e de outros objetos pertinentes à Sociologia deve ir além dos finalismos de modo a explorar outras dimensões também necessárias a análise dos fatos sociais.
Camila Migotto Dourado
1º ano Direito - Diurno
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