Em sua obra, Novum Organum, Francis Bacon discorre sobre o fazer científico e os problemas que o envolvem. Analisando o livro, é possível não só encontrar similaridades com a atualidade, como também inserir diversas observações no ambiente educacional, principalmente universitário. Nesse texto, me proponho a expor duas dessas aplicações.
Em sua crítica aos filósofos gregos, Bacon afirma que o conhecimento produzido na filosofia clássica de nada servia para os homens, pois não possuía aplicação na realidade. Uma maneira de enfrentar esse problema na universidade pública foi a realização de grupos de extensão, que permitem que o conhecimento adquirido e produzido em ambiente universitário não se restrinja a esse círculo e que, de alguma forma, influencie positivamente na vida em sociedade.
Além disso, Bacon fala sobre os "ídolos do teatro": "ídolos que imigraram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas e também pelas regras viciosas da demonstração" (p. 14). Relacionando esse conceito com a educação atual, nos deparamos com as diversas doutrinas e pontos de vista que são ensinados aos alunos como verdades universais, não passíveis de questionamento.
Logo, a filosofia de Bacon se mantém atual graças ao seu novo método de fazer ciência, mas os problemas que o filósofo expõe e se propõe a solucionar continuam dificultando o a prosperidade no meio acadêmico.
Gabriela Alves Fontenelle
Direito - noturno
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