Augusto Comte, pai do positivismo, apontava, claramente,
a necessidade de uma ciência que pudesse interpretar a sociedade como ela
realmente é, por meio de sua dinâmica real e não mais se utilizando daquelas
que, segundo ele, apenas a criticam de forma passiva sem nela interferir ou modificá-la.
Dessa forma, aponta Descartes e Bacon como precursores da filosofia positiva,
já que esses, desde há muito, denunciavam a filosofia Clássica, por exemplo,
como apenas observadora do problema social sem efetivamente causar as modificações
necessárias ao mundo. Tais mudanças, no entanto, afirma Comte, devem seguir uma
direção que não desestruture a ordem social vigente e que permitam o bom funcionamento da ‘’Ordem`` e do ‘’Progresso``,
pois só assim essa sociedade conseguiria seguir seu curso normal e se
desenvolver.
Evidencia,
também, a relevância do positivismo em relação às outras ciências, na medida em
que aquela seria supostamente mais avançada que todas as outras e, portanto,
mais capacitada para estudar e reestruturar a sociedade, o que favoreceria seu
desenvolvimento. Seu protagonismo se daria por uma idéia, talvez pretensiosa,
de que conseguiria abranger todo o conhecimento acumulado na história da civilização,
e assim, apresentando-se como a mais complexa.
Essas
idéias se fazem presente de forma marcante na nossa história, devido a sua defesa
do ensino laico nas escolas e a fragmentação das formas de estudos, ambas
figurando no cenário educacional brasileiro até os dias atuais, tornando os
pensamentos de Comte mais contemporâneos de que muitos de nós gostaríamos.
Danielle Juvela- 1º ano Direito Noturno
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