A
ética protestante veio revolucionar o modo de vida não só burguês, mas humano.
Ter como filosofia de vida, o trabalho por si mesmo, orientou a conduta
ocidental e ulteriormente mundial. “Despersonifica-se” o ser humano, para
“coisificá-lo” em trabalhador. O homem deixa de ser O José que trabalha como
pedreiro, para se tornar somente O pedreiro. Abandona-se o caráter humano com
suas peculiaridades e sua própria personalidade, para adotar uma postura
profissional.
Racionalizar
o trabalho foi a questão chave do protestantismo. Crescer, acumular e ter
ambição fazem parte do espírito humano, de qualquer nacionalidade ou época
histórica. Mas considerar-se predestinado pelo acúmulo de capital retido, sem
usufruí-lo é o que inovou nesta nova era da humanidade. Dominar o mundo é
construir nele, é saber fazê-lo crescer e desenvolver economicamente, sem se
acomodar ou se conformar com sua condição financeira medíocre.
O capitalismo
prioriza a dinamização racional do investimento, racionaliza a circulação da
moeda, desejando manter a riqueza durante o tempo, criando uma estrutura
imobilizada do capital. Weber quer entender quando é que este fenômeno se
inicia, quando que o burguês começa a ser burguês. O processo é contínuo e ágil
causando uma revolução moderna efetiva, que regulamente todos os aspectos da
conduta humana, seja de sua vida pública ou privada.
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