Weber em sua obra “A ética
protestante e o espírito do capitalismo” é marcado pelo estudo da transformação
na forma de pensamento econômico a partir de estruturas mentais e padrões de
conduta que concretizam a mudança na forma de produção levando a racionalização
do capitalismo. Tal mudança se iniciou a partir da Reforma Protestante na qual
o calvinismo desencadeia uma nova forma de pensar, sobre a justificativa de
predestinação do indivíduo segundo o acúmulo e dinamização de bens materiais.
Esta nova visão da ética protestante se afasta de seu sentido religioso e cria
um sentido voltado à racionalização do trabalho.
Desta forma, a mudança de conduta
segundo o pensamento religioso foi fator determinante para o surgimento do
capitalismo, além de sua universalização e racionalização. Esta racionalização pertencia
a uma perspectiva de dominação, na qual o ocidente serviria de modelo para o
restante de mundo.
Contudo a alteração do pensamento
vem antes da mudança nas formas de produção.
O capitalismo como forma de racionalização altera a estrutura social do
pensamento da época, que vai desde a visão jurídica até a disposição do próprio
homem em adotar certos tipos de conduta racional, este então passa a ver o
mundo como algo a ser empreendido e transformado.
Portanto, a ética protestante
levou o homem a se libertar das amarras religiosas que o impediam de visar o
lucro, enriquecimento e a ostentação. Isto fez com que se criasse uma nova visão
de mundo e um novo homem que busca a sua consagração terrena ao invés de apenas
vislumbrar o paraíso.
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