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sábado, 16 de março de 2013

E para onde vamos?

Francis Bancon em seu livro "Novum Organum" resgata uma essência humana, a de lutar, de domar a natureza, de "vence-la" a qualquer custo. E mais, propôs um pensamento mais além, um pensamento mais forte, de pensar no futuro, das gerações que estão por vir.

A era medieval criou alguns ídolos e, ironicamente, o maior agente foi a religião monoteísta, o cristianismo. O ser humano da Europa Medieval agora era fadado a pensar de um modo, acreditar no que o clero dizia, obedecer a uma nobreza que não fez nada para chegar ali e trabalhar para sustentar uma corte inútil e que nunca fizeram nada além de pensar.

Mas com a desagregação do sistema feudal borbulha na Europa novas artes, novos preceitos, novos caminhos, novas vontades, uma nova classe social, uma nova política... Mas as pessoas ainda eram acostumadas com o pensamento de serem servas. E se tornaram servas inclusive da natureza. Esqueceram que o que as levaram ali foi justamente a dominação dessa natureza.

No Gênesis, primeiro livro da Bíblia Cristã, Deus dá o domínio da Natureza, toda ela, nas mãos dos ancestrais do homem, Adão e Eva, e Francis propõe o resgate desse domínio. Seria agora necessário resgatar a curiosidade humana, explorar, experimentar, propor, discutir, experimentar de novo, até conseguir algum resultado.

O pensador propôs uma cura para a mente, que vira a mudar o modo como se pensava, a não confiar totalmente nos sentidos, eles teriam que se provarem, por meio da experiência, certos. Afinal, a Ciência exige clareza, não basta ela ficar apenas na imaginação, como algo intocável, inatingível e inalcançável. A Ciência tem que estar nas mãos humanas. E foi necessário quebrar muitos ídolos, que os homens carregam consigo até hoje, senão a Ciência estaria prejudicada.

Agora a Ciência não se restringe mais ao campo da mente, não se restringe mais aos sentidos. É possível saber que uma célula existe, é possível saber que existem partículas menores do que o átomo (que foi suposto como a unidade básica da matéria), é possível saber que não é o Sol que gira em torno da Terra, mas ela que dança em volta dele.

E o homem, o que ele faz? Ele faz mais, ele descobriu que há células que se transformam em qualquer outra, resolvendo uma série de problemas. Ele também descobriu que dá para "quebrar" um átomo e produzir energia. Descobriu que a Terra não é mais o limite, mas existem outros corpos e já deseja coloniza-los.

Saber é poder, e um poder infinito, tanto quanto o Universo.

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