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domingo, 2 de setembro de 2012

Ditadura ideológica





O lamentável episódio ocorrido no dia 28/08/2012, onde um palestrante (independentemente de seus dogmas e preceitos) foi agredido verbalmente e quase fisicamente, retrata que o Brasil pouco mudou com a passagem dos anos. O extremismo está cada vez mais presente, opiniões contrárias não possuem espaço e não podem se pronunciar.
Para deixar claro, sou totalmente contra as atitudes de uma pessoa que se autodenomina príncipe, mas mesmo assim não preciso agir como um ANIMAL assim como ele, no máximo estaria me igualando com este senhor. A UNESP é uma instituição com grande representatividade no país e não podemos deixar que ignorantes como estes queimem o nome de uma faculdade que tantas pessoas dão a vida por ela.
A maior vitória que poderíamos ter era intelectualmente, arrasar este membro da TFP (Tradição, Família e Propriedade) através de ARGUMENTOS, afinal estamos na universidade para explorar os nossos pensamentos e reflexões. Se fosse mostrado para "Dom" Bertrand de Orleans e Bragança que seu modo de pensar não é mais compatível com a atualidade, deixá-lo sem respostas, seria motivo de ORGULHO, diferente do qual estou sentindo atualmente, o de VERGONHA.
Além da confusão de causas, como bandeiras do MST, no momento que deram a fala aos "protestantes", ninguém deu a "cara a tapa", mostrou que era um motim sem causa e razão, julgam-se de esquerda, mas posso garantir que NÃO SÃO!
A liberdade que tantos morreram para conseguir foi sufocada, ouvi-lo não significaria estar de acordo com seus preceitos. Como afirmei, se fosse possível assistir uma palestra de Hitler, eu iria! Isso não quer dizer que sou nazista ou preconceituoso, e sim que tenho a curiosidade em saber como aquele "monstro" pensava e seus meios para persuadir a população.
A partir do momento que ocorre uma ditadura ideológica, não existe mais razão para a discussão, voltamos para os tempos antigos, onde uma solidariedade mecânica dita as regras do jogo, e os que ultrapassam seus limites, são punidos de modo brutal e sem raciocínio. Bem vindo ao Brasil no século XXI.

João Pedro Leite - Primeiro Ano Direito Noturno

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