Por mais que alguém seja criminoso, ele tem os seus direitos. Esses direitos são defendidos e positivados na Constituição brasileira. Todo réu tem o direito de defesa, inclusive podendo fazer sua autodefesa negando o auxílio de um advogado. Cito esse fato para dar certo argumento de “autoridade” à minha crítica em defesa do direito à voz de Bertrand ao visitar a Unesp Franca como palestrante.
Bertrand defende ideologias discriminatórias, preconceituosas e até mesmo de desrespeito aos direitos humanos. Seus ideais são contrários aos de todos os unespianos, prefiro acreditar nisso, porém proibi-lo de palestrar não cabe a ninguém. Todos têm liberdade de expressão, e acredito que os “de esquerda” eram os que deveriam defender esse direito a quem fosse.
Em primeiro lugar, Bertrand deveria ter tido a oportunidade de expressar suas ideias em sua palestra; que não defendia nenhuma ideologia, por sinal, sendo meramente uma explicação histórica; se fosse o caso ,havendo uma defesa do “racismo” e do “fascismo” como insinuavam os manifestantes que impediram a realização da palestra, aí sim poderia e deveria haver um debate contestando suas palavras.
Porém, o que vimos na Unesp na última terça-feira foi um ato desrespeituoso, insultando o palestrante. Por mais sem caráter que um indivíduo possa ser merece um tratamento de respeito e digno. O que me pareceu foi uma série de “Datenas” gritando enfurecidos contra um suposto “assassino” e querendo justiça com as próprias mãos. Isso, ao meu modo de ver, não reflete a modernidade; mas sim um retrocesso.
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