Constrói-se a modernidade, não mais na sua concepção otimista de evento progressista, não há cores, a modernidade é monocromática e sua engrenagem é movida unicamente por um elemento artificial e infindável na legitimação pela agregação de trabalho, chamado dinheiro.
Todas as relações humanas se modificaram, os núcleos familiares se alteraram, a propriedade privada ganhou ares de elemento sagrado e venerável que deve ser mantido inatingível e o trabalho esvaziou-se de saber.
Deixamos de fazer da maquina nossa extensão na superação de nossos limites orgânicos e nos tornamos extensão dela na busca desenfreada pela produção serial. O que poderia emancipar atende aos princípios do mercado suprimindo-nos.
A mercadoria tornou-se elemento de fetiche e nos alienamos em demasiados aspectos.
Modernizar-se passa a ser entendida como sinônimo de reificar-se. Progresso e barbárie se encontram em sinuosos caminhos que já não levam a lugar algum.
O sinal está fechado e continuamos avançando.
Cota Zero
Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?
Carlos Drummond de Andrade.
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