Elucidado pelo texto O Capital, de Karl
Marx, coloca-se em pauta o tema: A máquina e a “libertação” da produção. Em luz
do embate criado pela inserção das máquinas no ambiente fabril cria-se a seguinte
indagação: A máquina liberta ou aprisiona o trabalhador no meio de produção?
Com o advento das
revoluções industriais, a substituição da mão-de-obra humana pelas máquinas,
pode ser encarada como a libertação do trabalhador, pois suas funções são substituídas
pelo maquinário. Em contraponto, o homem pode não ser liberto nesse processo,
ele é acorrentado como servidor da tecnologia industrial, seus serviços antes
voltados para a produção, são tornados para alicerçar as maquinas. O homem
perde nessa batalha sua humanidade, ilumina Marilena Chaui na introdução do
livro “O Direito à preguiça” de Paul Lafargue: “o trabalho, em si mesmo, é uma
das dimensões da vida humana que revela nossa humanidade, pois é por ele que
dominamos as forças da natureza e é por ele que satisfazemos nossas
necessidades vitais básicas e é nele que exteriorizamos nossa capacidade
inventiva e criadora.”
Fica claro que, de
fato, o homem ao perder o lugar central no sistema produtivo, torna-se alienado
dentro do ambiente de trabalho, pois ele não se reconhece como produtor de suas
obras. É negado suas qualidades em prol da massificação da produção realizada
pelas máquinas, que consome o âmago da humanidade. Conclui-se que nessa
batalha, o homem não é liberto, ele se torna alienado. Portanto corrigimos o
tema dessa postagem: “a máquina é a alienação da produção”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário