Sem o capital, a produção científica do mundo seria insignificante. É pela necessidade de consumo da sociedade que a inovação tecnológica acontece.
No Brasil, país em que a excelência acadêmica está na universidade pública, muito se discute sobre o papel do investidor privado no financiamento à pesquisa científica. Essa ideia geralmente é repudiada por grande parte da academia, principalmente pela esquerda, sob o argumento de que isso configuraria a privatização de um bem do povo. Porém, quando se analisa a situação da produção científica e da inovação tecnológica no resto do mundo, vê-se que "o capitalista" pode ser um grande aliado no desenvolvimento da ciência.
A pesquisa financiada pelo investidor privado terá relevância para o cidadão, mesmo que apenas o cidadão consumidor, diferente de parte da produção científica realizada na universidade pública, em que a linha de pesquisa escolhida por um pesquisador encastelado em sua sala não traz retorno nenhum para a sociedade, que é quem financia o projeto.
Financiamento público e privado na universidade pública podem sim coexistir sem que a produção satisfaça apenas a vontade do capital. Os interesses do mercado, que também são os interesses dos consumidores, seriam atendidos pelo pelo investimento privado, e então caberia ao estado financiar apenas o que é relevante para a sociedade mas não gera retorno financeiro.
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