Max Weber, intelectual alemão, em sua obra publicada em 1904, "A objetividade do conhecimento na ciência política e na ciência social", defende que a análise social seja feita de modo em que o pesquisador deixe lado seus próprios valores e estude o caso pela ótica do objeto a ser estudado.
Por exemplo, um pesquisador francês, ao estudar uma comunidade islâmica, não deveria julgar as condições da mulher muçulmana com os olhos de um cidadão parisiense, e sim tentar entender o caso através dos valores islâmicos.
Porém, até que ponto isso é válido? Certos valores, não deveriam ser considerados universais, e outros, repudiados por todos os povos? Não é possível, que um sociólogo ocidental militante dos direitos humanos não se indigne com certas práticas de alguns países árabes, como por exemplo o apedrejamento de mulheres condenadas por adultério.
O compreensivismo weberiano tem seus limites. É espetacular a concepção de uma ciência social que tente entender os fatos por uma visão de quem os vive. Porém, não se pode deixar de lado um princípio que deveria ser inerente à todos: a defesa do ser humano.
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