Weber, no seu texto sobre a objetividade
do conhecimento, vem nos falar sobre a complexidade do indivíduo. Para ele, as
ações de cada um são resultado dos valores que cada um carrega e, por isso, ele
faz entender que é preciso analisar o outro com os valores do outro, que toda
análise científica não deve conter embate de valores. A ciência de Weber
pretende estudar a concretude da vida. Toda ação é movida de valores, por
exemplo, o julgamento de um juiz é carregado de influências políticas,
religiosas, não é a toa que até hoje não estão definidas questões como a
legalização do aborto ou o casamento entre homossexuais. É partindo dessa ideia
que Weber critica o materialismo dialético e seu determinismo econômico, ele
quer entender a sociedade capitalista moderna no modo como ela se racionaliza e
não entender apenas os meios de produção, ele quer entender a influência da
religião, toda a burocracia envolvida, etc, devido a esse fato de, como citado
o exemplo de um julgamento, muitas vezes até o mais racional dos meios estar
impregnado de irracionalidade. Ele critica o dogmatismo de materialismo
histórico, pois para ele a pesquisa empírica não deveria ficar só na teoria, ir
a campo, buscar informações documentais era o mais importante.
A ferramenta
metodológica de Weber para essa análise é o que ele chama de 'tipo ideal', ou
seja, a partir dos fatos cria-se uma ideia das características comuns às
pessoas nele envolvidas, mas sempre lembrando de que isso não deve ser tomado
como absoluto, é apenas um meio e não um fim para a análise sociológica. Daí,
então, se chegará a uma verdade científica com a comparação entre os fatos e o
tipo ideal.
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