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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Sim e O Não: A Nossa Liberdade

Assunto tratado por alguns estudiosos, o direito e a liberdade são muitas vezes mesclados e conflituados nas sociedades de várias épocas. Hegel e Marx foram dois desses estudiosos que encararam o assunto com afinco. Hegel, marcado pelo seu idealismo, considerava o direito como liberdade algo do povo. Marx, por sua vez, determinado em seu materialismo, dizia o direito ser algo de uma classe que mantinha interesse nessa liberdade. 

Mas, afinal, qual é a realidade? Em parte, Hegel sabiamente afirma que a harmonia é a finalidade. Ter liberdade baseada nos direitos faz com que os limites e os acordos sejam impostos de tal maneira que o homem passa a viver com maior responsabilidade e de maneira conforme com o próximo. Por outro lado, Marx racionalmente prevê que a criação do direito como liberdade é parte restrita de uma parcela social que somente visava - e ainda visa - o particular. 

Com o direito, sempre buscamos a harmonia em função do nosso próprio bem. Fato que somos egoístas justifica muito mais a visão marxista do assunto. Não digo da maneira crítica às classes sociais e ao capitalismo com que ele vê, mas sim os pontos que ele critica o idealismo hegeliano. Leis, no ideal, são criadas com o princípio de igualar a sociedade, constituir a fraternidade e propagar a justiça. E, infelizmente, não é isso que vemos com constância. 

Talvez, seja por essas e outras que Marx criticava o pensamento de Hegel. O direito nunca foi criado por todos nem para todos. Apesar de tentar pregar tal mensagem, ele não supera as individualidades.

Mas a não criação do direito poderia nos levar ao caos. Assunto difícil de ser defendido. Podemos afimar, apenas, que nossa liberdade, de fato, é guiada por princípios de direito, mas princípios que não estão conciliados com o povo. Porventura, Rousseau estivesse certo ao pregar que a liberdade “é a obediência às leis que a pessoa estabeleceu para si”. Leis escritas, faladas, estudadas, discutidas... são elas que nos cercam e estabelecem o sim e o não, a nossa liberdade.

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