No dia 11 de Abril, em comemoração aos 30 anos do CADir (Centro Acadêmico de Direito da Unesp de Franca), foi realizada uma palestra com pessoas que passaram pelo movimento estudantil em diferentes períodos. Durante o evento, uma palavra ecoou de forma constante e enfática: luta. Falou-se muito sobre as batalhas do centro acadêmico em prol das reivindicações dos estudantes, sobre a necessidade de lutar pelos direitos conquistados de forma contínua e sobre como, se não houver uma constante vigilância, é fácil retroceder e perder o que foi conquistado.
Diante dessa discussão podemos nos perguntar: existe espaço para o
marxismo na formação e atuação do jurista? O pensamento marxista, tem suas
raízes na análise crítica das relações sociais, econômicas e políticas.
Enfatiza a importância da luta de classes e da transformação social para
alcançar uma sociedade mais justa e igualitária. Para um jurista, o marxismo
pode ser uma ferramenta poderosa para entender as estruturas de poder, as
desigualdades e as injustiças presentes no sistema legal, questionando as
relações de dominação e exploração, buscando promover uma prática jurídica mais
consciente e comprometida com a justiça social.
Assim como o centro
acadêmico defende a importância da luta para manter e expandir os direitos dos
estudantes, o jurista engajado também deve estar disposto a lutar pelos
direitos e pela justiça dos cidadãos. O marxismo, nesse contexto, pode oferecer
uma visão crítica e transformadora para a atuação jurídica, incentivando-os a
questionar as estruturas de poder, a defender os direitos dos mais vulneráveis
e a buscar um direito mais inclusivo e democrático. Portanto, sim, existe lugar
para o marxismo na formação e atuação do jurista, especialmente no que diz
respeito à luta contínua na busca por uma sociedade mais justa e igualitária.
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