Na concepção de
Marx, o movimento social passa a existir quando as ações
práticas começam a ser executadas, trazendo esse conceito para um ambiente
estudantil, durante a formação
acadêmica, os alunos que futuramente irão atuar em determinada área se deparam
com algumas questões que necessitam da mobilização para que a diferença seja
feita dentro da faculdade, um exemplo seria a luta dos estudantes da UNESP
Franca para conseguir que o Restaurante Universitário esteja disponível no
período noturno, algo que se efetivou devido a persistência dos mesmos.
Refletindo mais a fundo, o
marxismo pode ser levado em consideração na formação de um jurista no que se
refere ao lado crítico, visto que vivemos dentro de uma sociedade desigualmente
econômica e social e que dentro do direito merece ser analisado criticamente.
No livro ‘’Karl Marx e o Direito’’ escrito por Francisco Pereira, o autor diz
que o direito é um campo tão dominado por ideias conservadoras que os juristas
de visão crítica, muitas vezes até muito moderada, são encarados pela dogmática
jurídica de forma desconfiada. E estudar a relação entre o Estado, o direito e
a luta de classes é fundamental porque em teoria, no geral, os indivíduos tem a
imagem de que o Estado é uma instituição que supostamente representa a vontade
geral e nem sempre os grupos oprimidos e marginalizados são amparados por esse
organismo.
Além disso, é interessante um
jurista que está atuando em seu cargo ter a consciência de como as decisões
jurídicas podem impactar as condições de vida de tantas pessoas. Portanto, há a
possibilidade da abordagem de Marx ser considerada na vida acadêmica e
profissional de um jurista, uma vez que as estruturas socioeconômicas e as
relações de poder são elementos que contornam o âmbito jurídico.
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