O atual modo de
vida da maioria dos brasileiros, trabalhar para pagar conta, é constantemente
criticado por eles mesmos, todos se dizem cansados da exploração do
capitalismo. No entanto, por que continuam nessa forma de viver? De acordo com
Jessé Souza, a motivação de continuar nesse sistema opressor, limitado de
igualdade social e liberdade individual, é que continuam reproduzindo a
aceitação de ser apenas um corpo produtor de trabalho para o capitalismo. Dessa
forma, a compreensão está na legitimação da dominação da elite brasileira, a
qual ideologicamente impõe a meritocracia.
Comumente é justificado o mérito de alguém considerando o quanto ela trabalhou e também é usual motivar alguém falando que é “só trabalhar”, ou pior “trabalhe enquanto eles dormem, assim irá alcançar o desejado”. Essa mentalidade capitalista predomina em grande parte dos brasileiros, visto que a “ideologia do mérito”, segundo Jessé, está fixada no inconsciente de grande parte dessa população. A partir disso, surge uma dúvida: de que forma essa mentalidade foi legitimada? Isso pode ser respondido através da teoria de ação social de Max Weber.
A ação social, de acordo com Weber, é condicionada de quatro formas: 1) a partir de condições ou meios para alcançar fins próprios, ponderados e perseguidos racionalmente; 2) de modo racional intuído por valores, pela crença consciente no valor, podendo ser ético, religioso, estético e etc; 3) de modo afetivo, por afetos ou estados emocionais atuais; 4) de modo tradicional, por costume arraigado. Sendo assim, a ação social é regularizada pelas situações de interesses e dessa forma, a sociedade estabelece seus costumes considerando dessas probabilidades de fatos acontecerem.
A partir disso, é possível compreender que uma vez fixada todo esse padrão de produção e ação social racionalmente ou inconsciente, é muito difícil de “sair” dessa situação. Atualmente o Brasil é composto por uma tremenda desigualdade social, a qual a grande maioria precisa trabalhar para sobreviver, seja para se alimentar ou pagar um aluguel. Logo, se elas deixarem de produzir sua força de trabalho para o sistema capitalista, irão passar fome ou ficar sem ter onde morar. A ação social, como já visto, é movida pelo interesse, e o interesse do trabalhador brasileiro é sobreviver e, se possível, também alcançar um lugar de prestígio social.
Portanto, enquanto predominar uma classe dominante se aproveitando de uma classe trabalhadora não haverá saída para esse estado de exploração. A interpretação compreensiva de um país difícil de se compreender está no fato de que os brasileiros, por ora, não têm escolha senão legitimar o sistema em que vivem. No entanto, seria de grande valia para mudar esse contexto uma conscientização de toda população brasileira discorrendo os contras desse sistema, a fim de promover uma mudança contínua e gradual. Sendo assim, não é transmissível a culpa para o proletário, os questionamentos críticos e cobranças devem ser feitos à estrutura e as instituições que produzem essa desigualdade, aos que detém o poder de dominar.
Comumente é justificado o mérito de alguém considerando o quanto ela trabalhou e também é usual motivar alguém falando que é “só trabalhar”, ou pior “trabalhe enquanto eles dormem, assim irá alcançar o desejado”. Essa mentalidade capitalista predomina em grande parte dos brasileiros, visto que a “ideologia do mérito”, segundo Jessé, está fixada no inconsciente de grande parte dessa população. A partir disso, surge uma dúvida: de que forma essa mentalidade foi legitimada? Isso pode ser respondido através da teoria de ação social de Max Weber.
A ação social, de acordo com Weber, é condicionada de quatro formas: 1) a partir de condições ou meios para alcançar fins próprios, ponderados e perseguidos racionalmente; 2) de modo racional intuído por valores, pela crença consciente no valor, podendo ser ético, religioso, estético e etc; 3) de modo afetivo, por afetos ou estados emocionais atuais; 4) de modo tradicional, por costume arraigado. Sendo assim, a ação social é regularizada pelas situações de interesses e dessa forma, a sociedade estabelece seus costumes considerando dessas probabilidades de fatos acontecerem.
A partir disso, é possível compreender que uma vez fixada todo esse padrão de produção e ação social racionalmente ou inconsciente, é muito difícil de “sair” dessa situação. Atualmente o Brasil é composto por uma tremenda desigualdade social, a qual a grande maioria precisa trabalhar para sobreviver, seja para se alimentar ou pagar um aluguel. Logo, se elas deixarem de produzir sua força de trabalho para o sistema capitalista, irão passar fome ou ficar sem ter onde morar. A ação social, como já visto, é movida pelo interesse, e o interesse do trabalhador brasileiro é sobreviver e, se possível, também alcançar um lugar de prestígio social.
Portanto, enquanto predominar uma classe dominante se aproveitando de uma classe trabalhadora não haverá saída para esse estado de exploração. A interpretação compreensiva de um país difícil de se compreender está no fato de que os brasileiros, por ora, não têm escolha senão legitimar o sistema em que vivem. No entanto, seria de grande valia para mudar esse contexto uma conscientização de toda população brasileira discorrendo os contras desse sistema, a fim de promover uma mudança contínua e gradual. Sendo assim, não é transmissível a culpa para o proletário, os questionamentos críticos e cobranças devem ser feitos à estrutura e as instituições que produzem essa desigualdade, aos que detém o poder de dominar.
Luana Silva Araújo Souza - 1ºAno Noturno
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