Em uma certa vila, os ratos se organizaram para viverem em harmonia e em conjunto. Para isso, criaram mandamentos capazes de conduzirem a ordem social e, assim, evitar possíveis conflitos entre eles. No entanto, esses mandamentos foram elaborados por uma parcela pequena da sociedade que institucionalizaram suas vontades em detrimento da coletividade. Após a consolidação das regras, os ratos foram submetidos a dominação da cúpula dos ratos poderosos, aqueles deveriam agir conforme as condutas desejadas. As normas desenvolvidas proibiam o casamento entre ratos do mesmo sexo biológico, as ratas eram impedidas de tomarem decisões sobre seu próprio corpo e a cada ano os ratos dominados perdiam condições básicas para sobreviver. Cada instituição dessa sociedade enquadrava a ação social dos ratos, prevalecendo sempre os valores dos ratos poderosos, inclusive com a cristalização dessas ideias em um tal rato "mito" o qual se orgulhava de invocar a moralidade para defender as normas impostas a cada rato e demonizava todos os ratos que buscavam mudar a dominação conquista pela institucionalização dos valores dos poderosos. Esse "mito" conseguiu uma legião de ratos que o endeusam e asseguraram que ele ascendesse ao governo da vila. Desde então, os ratos revolucionários vivem o pior dos seus pesadelos, presenciam diariamente a desarmonia na vila e o privilégio dos ratos poderosos aumentarem, enquanto milhares de ratos vivem a margem da sociedade. Maldita crença de que a vila precisasse de um salvador, graças a ela legitimaram o "mito" e seu desgoverno. A legião do "mito" só esqueceu que são ratos comuns e pouco se assemelham com seu deus, sofrem as mesmas consequências dos "comunistas". Pobre ratos, o poder dos poderosos sempre irá dominá-los.
Bruna Soares Teixeira
Direito - Noturno
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