O Amor é a arte do reconhecimento sobre si e sobre o outro.
É saber dosar e encontrar o mundo, ou recriá-lo, se necessário. O amor não é só
o fogo que arde sem se ver ou ferida arde sem se ver, mas, sim, o
autoconhecimento, que deve ser transparecido, para, então poder passar o
reconhecimento ao outro. É saber que, por trás de todos os defeitos e
qualidades, há um indivíduo tão frágil quanto à espuma do mar e tão belo quanto
às pérolas.
O amor não é heterossexual, homossexual, bissexual ou
qualquer outra classificação. O amor não vê cor, raça, beleza ou gênero. O Amor É, e é só isso. O Amor vive e ponto.
Ele nasce em cada um, cresce, se espalhando para o outro, mas não morre, apenas
seca. Seca como uma flor colhida a um tempo que, se guardada no meio de um
livro, permanece inteira para nos lembrar do quanto era bela.
No entanto, há sempre algo para abafar o amor. Uma lei, um
Estado ou um indivíduo. Há sempre o “desamor” tentando “desamar” os amantes. Há
sempre o não amado desejando o mal. Entretanto, não devemos nos abalar e, sim,
lutar. Lutar pelo direito de amar. Lutar por Amor e pelo Amor. Lutar pelo
reconhecimento de si e do próximo. Levante a sua voz e aja. Aja por si e pelo
outro. Aja até o fim e verá que valerá a pena.
Luísa Lisbôa Guedes, Direito Diurno turma XXXIV
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