O positivismo busca apenas explicar
os fenômenos apenas pela vinculação entre fenômenos, não pela essência das
coisas. O mesmo acontece com as relações humanas. Essa corrente tenta explicar
todas as ações e situações com base nas experiências vividas, sem levar em
conta todo o contexto que levou à ocasião.
As pessoas, afetadas pela perspectiva
positivista, veem no trabalho uma fonte de dignidade, sendo assim, necessário
para a convivência em sociedade, pois essa impõe uma necessidade de honra e
dignidade.
Para o meio social, só é digno aquele
que desenvolve uma função para o todo. Qualquer função que seja benigna para
uma maioria é motivo de dignidade para a pessoa.
Mas até que ponto essas imposições de uma
sociedade são boas para uma pessoa? Até que ponto a normalidade é realmente
necessária?
As normas são provindas da
necessidade humana de um padrão de normalidade para que as desvirtuações possam
ser punidas. Apesar de parecer necessário, e embora eu até concorde que esse
padrão reja o meio em que vivemos, as normas nem sempre afetam de forma
positiva a vida das pessoas, ainda mais na perspectiva positivista.
Essa perspectiva é pragmática demais
para lidar com pessoas que tem histórias e realidades diferentes, pois a norma
prevê um desvio e a partir dele uma punição. Mas, quando se lida com pessoas, é
difícil entender a situação que levou ao desvio, mas é ainda pior fingir que
essas situações não existem e não exercem influência sobre as ações das
pessoas.
Apesar disso, os desvios não podem ser
tão frequentes a ponto de afetarem a concepção de normalidade, para que o meio
social consiga manter certas normas e costumes.
Sendo assim, todos sabemos da
dificuldade de aceitar os desvios e entender as situações que levaram a eles,
mas como lidamos com seres humanos, precisamos ao menos tentar que as normas
não sejam aplicadas de forma tão pragmática, contrariando a perspectiva
positivista.
Maria Antonia de Paula 1º Direito Diurno
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