Social positivismo
Constantemente ouvimos de nossos professores o discurso de que um
jurista é muito mais que um aplicador da norma, ele não deve se basear somente
nos códigos e ter uma visão somente positiva (pautada nas leis positivas,
efetivadas, transcritas) do Direito. Porém, é muito difícil nadar contra a
corrente, principalmente quando se considera a lógica capitalista que pauta a
vida mundial hoje e que força a universidade a preparar seu graduando para o mercado
de trabalho e infelizmente esse mercado exige trabalhadores que não saibam
contestar, que não tenham uma opinião crítica e que por fim se atenham
basicamente ao lado positivo do ensino jurídico.
Num grupo de extensão da UNESP
Franca, foi proposto como pauta de estudos desse semestre o ensino jurídico. A partir
dos poucos encontros/discussões que tivemos, além dos textos que nos foram
propostos, pude concluir o quanto ainda somos encaixados nesse tipo de ensino e
de certa forma forçados a ainda se ater a esse lado mais positivista do
Direito, mesmo tendo maior espaço para disciplinas propedêuticas. Dessa forma,
para nós, que já estamos considerando o Direito como algo muito maior que a
norma, se torna essencial a busca por grupos de extensão que fomentem discussões
como a proposta acima.
Ainda, durante uma palestra com
ex-alunos que tivemos (essa quarta-feira, dia 13 de maio), todos presentes
reforçaram a ideia de não se deixar esvaziar essa nossa visão “propedêutica” da
matéria; essa visão mais social, que trata do Direito não como uma física
social ou puramente como uma ciência, com outras palavras nos foi pedido para
aliarmos ao método rigorosamente científico a visão do ser humano, a visão
social e assim conseguir enxergar de forma mais completa as normas e poder de
forma crítica analisá-las e até quem sabe mudá-las, procurando dar mais voz e
importância a uma parte ignorada pela maioria dos juristas e universidades
atuais.
Tiago de
Oliveira Macedo – 1º ano Direito diurno – aula 4
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