Weber trata em um de seus textos - A Objetividade do Conhecimento na Ciência Social e na Ciência Política - da objetividade que se faz necessária nas Ciências Políticas e Sociais. O pensamento do autor se aproxima do de Durkheim ao considerar necessário - para que se possa falar em ciência social - o afastamento entre observador e objeto. No entanto, para Weber, a aplicação dos métodos usados no estuda das ciências da natureza não deve se difundir nas ciências políticas e sociais além desse ponto.
O autor percebeu que as ciências ligadas ao homem não conseguem sobreviver sobre afirmações dogmáticas. As ações humanas e os fatos que ocorrem social e economicamente não possuem certeza matemática. Nas ciência sociais nem sempre dois mais dois são quatro. Aliás, raramente essa conta terá o mesmo resultado, independente de qual ele for já que um dos fatores a ser considerado é o homem - ser inconstante e passional por definição.
Sendo assim, Weber se afasta tanto quanto possível de Comte e sua física social porque se faz crente de que qualquer "lei" retirada da análise do resultado das ações humanas, seria falha.
Cada época, local e pessoa influencia de maneira única nos resultados das "contas" ligadas à Ciência Social. São infinitas variáveis, principalmente se considerarmos - como Weber o faz - que as decisões tomadas pelos homens são frutos de juízos de valor e não há nada mais intrínseco do que isso.
Logo, segundo o pensamento weberiano, é impossível retirar a subjetividade da Sociologia, já que aquela é, e deve sempre ser, um dos objetos de estudo desta para que seja possível alcançar, de fato, uma verdadeira compreensão da sociedade.
Carolina Paulino Fontenla
Direito Diurno
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