Para Weber, o primeiro pressuposto para uma
investigação científica é o afastamento dos juízos de valor da análise da vida
social. Expressa, portanto, uma distinção entre a busca pela objetividade e o
sentido da “valoração”. Mas ele ressalta que: “Sem dúvida, é verdade que
exatamente aqueles elementos mais íntimos
da ‘personalidade’, ou seja, os últimos e supremos juízos de valor, que
determinam a nossa ação e conferem sentido e significado à nossa vida, são
percebidos por nós como sendo objetivamente válidos”. Ou seja, nossas ações estão,
mesmo que inconscientemente, guiadas por nossos juízos de valor. O saber
científico, racional e objetivo, busca ver a realidade como ela realmente é,
excluindo os valores do observador. É necessário enxergar o que realmente está
a sua frente, ver os fatos incômodos que muitas
vezes são ignorados quando há uma observação carregada de juízos. Isso
ocorre, porque o juízo de valor é particular, inerente a cada ser.
Ademais, em sua leitura, fica claro que o
autor não quer propor uma “receita” para a vida social, mas sim buscar uma
compressão. E essa compressão nunca será completa, já que o conhecimento da
vida social é infinito e além disse é impossível impor leis fixas, já que está
em constante mudança.
Graziela da Silva Rosa- Direito Noturno
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