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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Max Weber e a crítica à generalização

A mim parece que temos uma vocação, quase inata, para generalizar tudo. Frases do tipo “ah, mas tinha que ser de tal classe”,“ sabia que isso aconteceria, afinal filho de peixe peixinho é”, “os políticos todos pertencem ao mesmo balaio”, são extremamente frequentes. Na máxima marxista da divisão da humanidade em classes, acredita-se que todo proletário, por exemplo, apresenta uma “consciência de classe”, ou seja, se reconhece em seus pares e é tido com um revolucionário em potencial, uma visão generalizada. Weber vem desconstruir essa ideia de analisar a sociedade pela classe a qual pertence, evidentemente, ele não nega que essa seja sim uma etapa do processo, entretanto não é o fim. O fim, segundo ele, é a ação social, é o indivíduo em si. Para fundamentar essa visão, Max Weber explica que toda ação social tem um sentido, que é movido por valores, que podem ser variáveis de indivíduo para indivíduo. Assim, ele critica também a ideia de Durkheim dos “fatos sociais”, fatores externos que determinam o comportamento dos homens. Tão diversa pode ser a motivação e os resultados da ação social que ela torna-se uma verdadeira incógnita para o cientista social. Assim, Weber preocupa-se em desvendar a realidade de forma crítica e elástica, sem estabelecer leis fixas (próprias das ciências nomológicas) e tipos ideais imutáveis. Além disso, reconhece que nas ciências sociais e humanas torna-se missão difícil chegar à neutralidade, separar o homem de sua subjetividade, entretanto, merece ao menos um esforço por parte do cientista, que deve colocar-se no lugar do outro.

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