No primeiro
capítulo da obra “O Manifesto do Partido Comunista”, de Marx e Engels, pode-se
considerar que os autores celebram a modernidade, celebram os feitos
revolucionários realizados pela burguesia no período, considerada a partir de
então uma classe revolucionária. Por se livrar das amarras que antes prendiam
essa classe, a burguesia ascende e traz consigo a vocalização do liberalismo. Assim,
a classe operária viu na burguesia a possiblidade da mudança, a possibilidade dos
homens deixarem fluir todas as suas possibilidades.
No entanto,
apesar de a modernidade representar, em uma primeira instância, a renovação e a
mudança, com a exponencial acentuação do capitalismo, as disparidades entre
classes sociais também se acentuou. Marx e Engels afirmam no Manifesto
Comunista que o capitalismo não é apenas um modo de produzir, mas um estilo de
vida e essa afirmação, mesmo tendo sido feita há mais de cem anos, ainda se faz
aplicável para a sociedade comtemporânea. É fácil notar mesmo em comunidades
paupérrimas a presença do capitalismo, seja através da imposição de
determinadas marcas ou da imposição da própria cultura do consumo, que é seu
combustível.
Neste
contexto capitalista exposto pelos autores e ainda presente é clara a presença
unanime do capitalismo como modo de viver, bem como a acentuada disparidade
entre as classes. Assim, pode-se ainda concordar com os pensadores quando estes
afirmam no Manifesto que a história é feita pela constante luta de classes,
onde o opressor e o oprimido estão sempre em oposição.
Marx e Engels tinham a esperança de que a classe operária daria continuidade a revolução iniciada pela burguesia, incorporando-a e indo além, superando de vez as amarras do feudalismo. Esta luta de classes, entretanto, ainda continua, mesmo mais de cem após a publicação do Manifesto Comunista.
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