Solidariedade
Orgânica X Obrigações sociais
Em
uma época de extremo individualismo e egoísmo por meio de grande parte da população
mundial, será que ainda é possível pensar na consciência coletiva pensada por
Durkheim? Este filósofo dizia que não basta a vontade do indivíduo, mas que haja
implicações internas que condicionem os fenômenos.
Hoje,
mesmo vivendo em uma democracia, muitas coisas são feitas mais pela vontade
individual ou de partidos políticos do que em prol da coletividade em
geral. Exemplos dessa situação são
inúmeros: O novo código florestal que atende às exigências de latifundiários; A
entrada de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos; e mais recentemente, a
elaboração da PEC, desprivilegiando o judiciário.
Pode
se afirmar que o pensamento Hobbesiano de que a sociedade é a continuidade da
vontade individual se encaixa melhor no nosso cotidiano do que a teoria de
Durkheim. Além disso, ainda no pensamento de Hobbes, o homem só nega a sua
vontade se for constrangido por força maior.
Desta
forma, a solidariedade orgânica de Durkheim, analisada de forma contemporânea,
seria mais uma forma de obrigação orgânica do que solidariedade, pois, no caso
da divisão do trabalho para garantir a coesão social, o indivíduo não faz por
ser “solidário” e sim obrigado a pagar suas contas e acumular riquezas para
satisfações individuais.
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