Homo
(não)sapiens
“É
fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o
indivíduo uma coerção exterior.”
Durkheim, em seus estudos,
tentou mudar a forma de analisar os acontecimentos da sociedade, excluindo a visão
ideológica e concentrando-se nos fatos concretos. Para isso, ele atribuiu a
denominação de fato social, afirmando que o cientista tem a mesma natureza do
fato que ele estuda.
Transformando seu objeto de
pesquisa em “coisa”, Durkheim conseguia distanciar o caráter passional que
tanto afeta o exame científico dos fenômenos sociais, assim seus resultados
muitas vezes eram mais imparciais e exatos.
Assim como Comte, Durkheim
quer analisar o que é positivo na sociedade, porém este diverge do primeiro ao
afirmar que cada estrutura tem um funcionalismo próprio, sendo importante,
portanto, compreender e analisar cada uma. Além disso, Durkheim não acredita que toda
sociedade caminha para o progresso, já que esta é uma forma de estudo
ideológica.
Diante disso, pode se
afirmar que Durkheim é mais positivista que Comte, e que sua contribuição para
os estudos é vista até hoje, na forma como as escolas ensinam (apresentando
fatos) e no modo como o Direito tenta
fazer suas sentenças (sem levar em conta o lado passional).
Por fim, fica a reflexão: se
a mídia atual e principalmente o jornalismo seguisse a imparcialidade de
Durkheim, transformando as notícias em fatos a serem transmitidos sem paixão ou
ideologias inclusas, talvez hoje tivéssemos mais seres humanos pensando sobre a
sociedade em que vive e menos seres que apenas engolem as informações
mastigadas e “temperadas” com posições formadas.
Giovanna Gomes de Paula - direito noturno
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