Segundo Decartes, todo objeto de estudo deveria ser
fragmentado para seu melhor entendimento,
o que explica sua visão mecanicista do mundo. No filme “Ponto de Mutação” baseado
no livro de Fritjof Capra,
onde três personagens dialogam a respeito de suas visões de mundo, há
uma forte critica à esse método cartesiano, que contaminou todas as áreas da
vida humana contemporânea. A personagem que desfere a critica é uma física, que
passa por uma crise existencial ao ver seus conhecimentos serem usados para
desenvolvimento armamentista. Ela afirma
que essa ideia de desagregação é essencialmente prejudicial e ultrapassada, uma
vez que dificulta a percepção do mundo como um todo, interligado, conectado.
Os outros dois personagens são um político, candidato à presidência
norte-americana, e um poeta em crise de
meia idade. Durante todo o dialogo, a física
faz uma reflexão a respeito dos fundamentos da existência humana e da importância
das relações entre nossos pensamento e ações. Toda a natureza, segundo ela,
deve ser entendida de maneira organicista, e portanto o entendimento das alterações
ambientais, bem como a solução dessas, compreende uma visão do todo, e não de
partes dele.
A presença do politico é contundente , pois ele simboliza a
possibilidade de mudanças nessa forma de ver e tratar o mundo, afinal, o que o cidadão
espera de um politico ao votar nele, senão que ele faça o melhor por nós.
Entretanto, ele afirma que por trás de boas ações há sempre instituições poderosas
e falcatruas partidárias que impedem tais ações, a não ser que elas lhes sejam
úteis.
Por fim, vejo como finalidade da obra o despertar da reflexão
em cada um, de que somos parte de um
todo e nossas ações interferem e modificam-no. Somente com a passagem do
pensamento cartesiano, multifacetado para o pensamento de unidade será possível resolver os problemas de ordem
ambiental e interpessoal e viver de forma harmoniosa.
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